sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

11.000 Anos



Obra criada para a exposição coletiva A Coleção realizada na Galeria Arte em Dobro, Rio de Janeiro, março de 2009. Reprodução em resina de poliéster de um machado de pedra de aproximadamente 11.000 anos, coletado no município de São Francisco de Goiás. Tiragem de 30 exemplares. Foto: Divino Sobral

Postagem em andamento 1

Superfícies da Memória - Texto de Sylvia Werneck e fotos da montagem no Museu de Arte Contemporânea da USP - Ibirapuera



“O artesanal está presente em toda a obra de Divino Sobral, na qual o manuseio dos materiais é condição inerente a seu fazer artístico. Seu processo criativo é sempre longo, trabalhoso, uma sucessão de construções e desconstruções, da concepção até a produção das peças e instalações. Une-se a isso seu interesse pela cultura popular, que expressa as tradições e emoções humanas mais singelas, aquelas que pertencem a toda gente, e que não importa o quanto avancemos no futuro, seguirão existindo.
Seus “pés de cor” encerram em suas superfícies de lã camadas de memórias, evidenciam a passagem do tempo, do crescimento e do amadurecimento. Mais ainda, materializam a cor, oferecendo uma outra dimensão para uma espécie de pintura que se dá nas relações natureza/homem, ontem/hoje, popular/erudito.”

Texto de Sylvia Werneck publicado no folder da exposição Superfícies da Memória, realizada no Museu de Arte Contemporânea da USP, Ibirapuera, com curadoria de Sylvia Werneck e Lisbeth Rebolo, São Paulo, 2008 – 2009.










Vistas da sala de Divino Sobral na exposição Superfícies da Memória, realizada no Museu de Arte Contemporânea da USP, Ibirapuera, São Paulo, 2008 - 2009. Fotos de Edouard Fraipont.

O Jardim das jabuticabeiras

Poema de Divino Sobral

“– Mas, há uma árvore, entre tantas outras, uma;
Um campo, que por mim foi contemplado...
Ambos me lembram algo que é passado.”
William Wordsworth.

“E, apesar disso tudo, a natureza nunca se esgota;
Todas as coisas nela vivem num frescor renovado;”
Gerard Manley Hopkins.

”O terreiro rústico participava desses encantamentos.”
Cora Coralina.

Paisagem iluminada e quente do sertão.
Os ponteiros do relógio marcam dois tempos.
Revolvem recordações do quintal.
O esquecido jardim das jabuticabeiras
Relembrado nos galhos secos
Do corpo vegetal.

Paisagem de natureza morta feita de restos e recordações,
Conservadas na floração de inflorescências da memória.

Árvores envolvidas por fios de cores,
Enroladas por lã,
Mumificadas em camadas de tempo
Do que foi, do que é e do que virá.
Na secura morta dos galhos rebrotam reminiscências
de um sonho da primeira infância:
A cor envolve, me persegue,
E eu capitulo.

Camadas de lembranças coloridas,
Roupas listadas.
Azul, verde, amarelo, alaranjado, vermelho, roxo, rosa,
Vestem a paisagem como a um quadro de Matisse,
Vestem galho a galho de matizes corais.
Pés de cor excitam a íris, dilatam as pupilas, iluminam os olhos.

Paisagem de natureza morta feita de restos e recordações,
Conservadas na floração de inflorescências da memória.

Árvore, genealogia ramificada em raiz e tronco e galhos e folhas
e flores e frutos e sementes.
Mitologia da vida e da morte simbolizada na
Casca/pele que se transforma,
Conforme os ritos das estações,
Conforme os ritmos do esquecimento,
Conforme o sonho, a fantasia e a imaginação
Acordam repentinas recordações matinais.

Jardim das jabuticabeiras florido, frutado.
Delicada beleza, doçura singular,
Envelhece e se renova a beira dos veios de água
Que como rios cortam o quintal,
Desenham territórios nas minhas recordações.

E me lembro...

Jabuticabeira nascida no horto
Que bordeja o mar de norte a sul.
Trazida ao interior
Nas cargas de bandeirantes,
Nas costas dos negros,
Nas matulas dos tropeiros
Nas capangas de imigrantes
Na bagagem dos que formaram a origem de Goiás.
Plantadas nos primeiros arraiais,
Primeiras fazendas e
Primeiros quintais.

Árvore difícil, caprichosa, apreciada.
Outrora, doze anos virgem, até a primeira florada.
Então, após as primeiras chuvas primaveris,
A fertilidade aflorava:
Pompons suavemente amarelados, encardidos,
Transformavam o caule e os galhos em vestido de noiva
Ornado ricamente, macio, perfumado, inebriante às abelhas.
Fecundadas as flores, a primeira frutada:
Árvore alegre, carregada no caule e nos galhos
De pequenas bolinhas que
Nascem verdes,
Crescem roxas,
Amadurecem pretas arroxeadas.
A casca brilhante
Arrebenta na boca,
Transborda doce e saboroso néctar
Líquido amniótico que guarda a semente,
Memória do passado, promessa do porvir.

No jardim, jabuticaba se come de baixo para cima.
Primeiro disputa-se as maiores, depois as menores.

Saudades dos tempos que não vi jamais,
Um cheiro antigo exala forte ao fim da tarde.
Do fundo sujo da minha algibeira de velho menino,
Retiro uma jabuticaba ainda fresca.

Paisagem de natureza morta feita de restos e recordações,
Conservadas na floração de inflorescências da memória.

Cultivadas no jardim duas espécies:
Paulistinha secular à beira dos muros pétreos,
Sombra e licor aos sabiás, bolas ao apetite dos meninos;
Sabará, herança de sabor mineiro plantada no fundo dos quintais,
Retratos desbotados que ainda não esqueci,
Vozes de parentes mortos que ainda escuto.

A colheita da jabuticaba.
Tradição de antigas e novas gerações,
Origem perdida na imemorialidade
Dos rituais da fertilidade,
Das celebrações dos campos renovados
De alimento e prosperidade abundantes.
Lembranças que afloram no jardim da memória rural.
Nostalgia da natureza e bucolismo do interior.
Pássaros cantam sem ser vistos.

Eu me lembro do que não vivi...

Meu avô – que não conheci,
Mandava enfeitar uma árvore
Com fitas e cores, prendas e brindes
Para saudar São João.

Esqueceram...
Algo se perdeu.

O jardim das jabuticabeiras:
Paisagem de natureza morta feita de restos e recordações,
Conservadas na floração de inflorescências da memória.
Epifania totêmica medrada nas paredes.

William Wordsworth.
Ode: Prenúncios de Imortalidade em Recordações da Primeira Infância. In: Poesia Selecionada. Tradução de Paulo Vizioli. São Paulo, Edições Mandacaru, 1988. Pág 57

Gerard Manley Hopkins.
A Grandeza de Deus. Pág. In: Poemas. Tradução de Aíla de Oliveira Gomes. São Paulo, Companhia das Cetras, 1989. Pág. 81.

Cora Coralina.
As Maravilhas da Fazenda Paraíso. In: Melhores Poemas. São Paulo, Global, 2004. Pág. 194.


Goiânia, setembro-outubro de 2008.

Este poema foi escrito diretamente sobre a parede da sala de exposição, na mostra coletiva Superfícies da Memória, curada por Sylvia Werneck e Lisbeth Rebolo no Museu de Arte Contemporânea da USP, no Parque Ibirapuera, São Paulo, 2008 – 2009.

Passando a limpo - Convites diversos







































2ª Bienal do Mercosul. 1999-2000


Vista da minha instalação na 2ª Bienal do Mercosul, montada no antigo armazém do Cais do Porto, à margem do Rio Guaíba, em Porto Alegre.


A curadoria da 2ª Bienal do Mercosul foi realizada por Fábio Magalhães e Leonor Amarante.


A obra foi realizada com borracha, algodão oxidado, sabão artesanal, cabelo humano, fio dourado, agulhas banhadas a ouro.


As fotos acima são de Tiago Rivaldo.



Cores, dores
e ferramentas do devir
Bienal do Mercosul que se encerra hoje em Porto Alegre flagra a inquietude técnica da arte atual

Texto de Gleber Pieniz

A 2ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul que encerra hoje em Porto Alegre, ao contrário da sua primeira edição, não se restringiu a um único tema. O curador geral Fábio Magalhães foi claro ao afirmar que a mostra deu ênfase aos aspectos contemporâneos da arte - atividade que está mais preocupada em aprofundar seus dilemas do que resolver direcionamentos temáticos. Mais de 120 de artistas do Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia mostraram que estas contradições, se ainda não apresentam soluções satisfatórias, estimulam a criatividade a romper limites e a buscar novos padrões para estabelecer uma manifestação mais rica em valores para os próximos tempos.
Tunga, com "True Rouge", faz uma metáfora do corpo humano através de intrincada rede de telas, fios, esponjas, ganchos e garrafas. Na abertura da Bienal, o brasileiro fez escorrer entre estas peças da obra um líquido vermelho e pegajoso - fluidos vitais em atividade. Também ilustrando a vida (agora pela ótica social), a argentina Nora Aslan apresenta uma instalação composta de berços, luzes e um painel que expõe contrastes entre a ternura e a barbárie provocados pela violência. Contundente, "Ab-sur-do", constrói significado através de uma refinada ironia. Mais direto é Luiz Zerbini, cuja instalação em madeira e mármore reproduz o torso do artista e serve de tema para que a fotografia recrie seus detalhes na forma de uma orelha, de um bebê e de uma chupeta. Discreta, Lucia Koch faz com que seu "O Gabinete" em acrílico projete puras e geométricas cores de Mondrian sobre as pessoas que o visitam sob o sol da tarde. De uma das janelas desta instalação, é possível ver "Sky Drawing" (escultura gigante de Márcia Grostein) literalmente riscar o céu sobre o Guaíba com sua ponta fosforescente.
"Doador", de Élida Tessler, é um corredor cujas paredes foram forradas com ralador, computador, aspirador, coador e outros 223 objetos com nomes terminados em "dor", readymade (ou uma sátira?) levado às últimas conseqüências em número e conceito para compor uma das instalações mais lúdicas de toda a Bienal, tão divertida quanto as esculturas do colombiano Nadin Ospina em "El Bosque de los Ídolos": seus tótens têm a base esculpida segundo a estética indígena, mas as cabeças - nas figuras de Mickey, Minnie e Bart Simpson - são ícones da cultura pop. Igualmente irônica (embora com carga maior de acidez), em "Trofeos de Caza" a chilena Caterina Purdy destila sarcasmo contra as pessoas que usam peles, transformando carcaças de cândidas ovelhas em mochilas e bolsas de mão. A uruguaia Andrea Finkelstein em "Nobody Calls me by my Name" usa cerâmica e arame para criar exóticos objetos que, como a própria artista sugere, jamais serão chamados pelo nome (se é que possuem algum). Já o brasileiro Marepe denomina "A Bica" um verdadeiro labirinto em alumínio destinado a recolher a água das chuvas, criando um objeto de apurada simetria e despojada beleza.
PASSADO E PRESENTE
Em "Construções de Afeto", Divino Sobral constrói rosários, tótens e relíquias com o sebo, os pêlos e os cabelos do homem, materiais que deixam seu valor individual em segundo plano para resgatar conceitos coletivos como religiosidade e ancestralidade. O uruguaio Federico Arnaud reconstrói em "El Juego de los Milagros" a mesma ponte histórica através da religião fazendo de santos, crucifixos e ostensórios as figuras principais de objetos de uso contemporâneo como uma cadeira, um relógio e mesmo uma mesa de pebolim. Em "La Última Cena", a uruguaia Águeda Dicancro cruza a referência religiosa predominante com a abordagem filosófica, lembrando que tanto Sócrates quanto Jesus tiveram uma última refeição com seus seguidores. Para reconstituir estas despedidas, a artista usou vidro em uma mesa despedaçada e em 12 cadeiras separadas por um facho de luz que sugere, ao mesmo tempo, ausência e presença.
"El Punto de Vista", da uruguaia Rita Fischer, usa véus sobrepostos para esconder texturas e recortes, causando espanto em quem se aventurar com mais curiosidade para dentro de sua instalação de paredes vermelhas. Outro artista que provoca estranhamento é Flávio Emanuel com a instalação "Os Teleguiados", seqüência de sensações visuais e sonoras em uma sala de alvas paredes maculadas por insetos, asas de galinha e ovos aprisionados em arame, um mundo que pode ser percorrido por intrigantes carros com cérebro de boi guiados por controle remoto.
POTENCIAL CORPÓREO
O boliviano Zapata investe na pintura figurativa e acadêmica, mas sua abordagem para a série "Identidades Ajenas" apresenta resultados surpreendentes de volume, luz e forma, aproximando sua estética da arte contemporânea e da fotografia graças ao despojamento dos temas e à desconcertante simplicidade com que flagra seus modelos. Valia Carvalho, sua conterrânea, também faz do corpo temática, embora eleja a instalação como instrumento para resolver seus impasses na pintura, na fotografia e na escultura. "Yo soy, I am" é um dos ambientes mais desconfortáveis da Bienal e mostra a própria artista como protagonista de um processo de descontrução: centenas de fotos na parede dão significado às vaginas hemorrágicas expostas em uma velha cama cirúrgica, uma crítica à exploração do corpo feminino e à valorização pornográfica da beleza. Não tão rigoroso, mas tão surrealista quanto Dali, Marcelo Suaznabar centra a reflexão nas figuras de um cavalo e dos relógios no políptico em tela "Últimos Minutos". Ao contrário do artista espanhol, o pintor boliviano busca a essência das linhas e das formas, embora deva ao mestre todo seu catálogo de citações (incluindo objetos aleatórios, os numerosos seres humanos em tarefas específicas e os já citados relógios).

Com o objetivo de estimular a reflexão individual sobre sonhos e projetos pessoais, o chileno Gonzalo Diaz propõe a arquitetura como metáfora. "Al Pie de la Letra" é a obra que ocupa a maior área da Bienal e remete a uma catedral em construção, colosso de madeira por onde o público pode perambular e sentir-se só, pequeno, abandonado. Concretizando o impossível, "A Escada" de Mauro Fuke faz referência direta aos planos e pontos de fuga imaginários de M.C. Escher e encontra nos trabalhos de Félix Bressan o seu equivalente no "mundo dos homens comuns". Ao contrário de Fuke e Diaz, que desafiam as possibilidades da arquitetura como matéria para a arte, Bressan encontra na descontrução de ferramentas do cotidiano o caminho para a descoberta de novas formas, tornando possível mesmo transformar uma sala em labirinto graças às espirais de uma picareta.

Publicado no jornal A Notícia. Joinville, Domingo, 9 de janeiro de 2000.

Coral de Árvores - Memórias dos Rios de Mato Grosso

Coral de Árvores - Memórias dos rios de Mato Grosso. Intervenção na Praça Ermés, Nova Xavantina, MT. 2009. Foto: Divino Sobral.

"Coral de Árvores – Memórias dos Rios de Mato Grosso” é uma intervenção na paisagem da cidade de Nova Xavantina (MT) que realizei com a participação de artistas locais. Está instalada na Praça Ermés de Souza, no bairro Xavantina Velha desde o dia 20 de fevereiro e permanecerá em exibição até o dia 21 de março de 2009.

A intervenção ocupou um conjunto de 35 árvores que tiveram seus troncos e galhos envolvidos com fios de lã colorida, criando roupas que agasalham a vegetação, e resulta da oficina de reflexão e criação em arte contemporânea que integrou o evento 2º Encontro Contemporâneo de Artistas Visuais do Vale do Araguaia Mato Grosso, realizado no período de 17 a 21 de fevereiro de 2009.

A obra opera com o conceito de sinestesia desenvolvido por Wassily Kandinsky, que estabelece uma teoria de equivalências sensoriais entre as sete cores do arco-iris e as sete notas musicais. As diferentes combinações de cores proporcionam um ambiente de acordes sonoros à paisagem como se as árvores estivessem cantando. A obra cria uma situação de pintura que tem como suporte as árvores e a paisagem local, além de enfatizar as qualidades plásticas dos desenhos e dos volumes escultóricos de troncos e de galhos. No seu processo de instauração no espaço público o Coral de Árvores relaciona o agrupamento de artistas trabalhando sobre a paisagem com a formação do coral, enquanto formação musical de inúmeras vozes que cantam em conjunto dando corpo à obra.



“Coral de Árvores – Memórias dos Rios de Mato Grosso” reúne minhas investigações sobre as lembranças que a comunidade de artistas de Nova Xavantina guarda de suas relações com os rios que banharam suas infâncias. Durante um laboratório de memória coletiva realizado num píer à beira do Rio das Mortes (ou Rio Manso, como preferem alguns, e que estava cheio, caudaloso) abordei alguns aspectos teóricos e poéticos da memória e li poemas de Cora Coralina (sobre as ligações afetivas que mantemos com a natureza) e de Cecília Meireles (sobre o poder das palavras); logo após, solicitei que escrevessem cartas memoriais destinadas a um parente futuro, que narrassem as mais importantes vivências experimentadas diante ou dentro dos rios. As cartas cotejadas de lágrimas foram encapsuladas em objetos que conceituo como “Conservas de memória”, enroladas com mechas de algodão e pérolas e guardadas em vidros contendo água azul, que posteriormente foram dependurados, como frutos, no alto de uma árvore no centro da Praça Ermés. O conteúdo destas cartas será publicado no catálogo do Encontro.

Na parte teórica do 2º Encontro Contemporâneo de Artistas Visuais do Vale do Araguaia Mato Grosso, ministrei palestras que tinham como conteúdo as produções artísticas contemporâneas, internacional, brasileira, goiana, minha própria obra, e ainda a exibição de registros videográficos de performance e obras de vídeo-art.



Por uma semana investiguei Nova Xavantina, uma cidade fundada em 1943 pelo Coronel Flaviano de Matos Vanique, comandante da Expedição Roncador Xingu, durante a marcha para o oeste promovida pelo Governo Getúlio Vargas. Participavam da Expedição os irmãos sertanistas Vilas Boas (que defenderam uma nova política de defesa da cultura indígena). Leonardo Vilas Boas residiu na vizinhança de Vanique e suas casas estão, hoje, infelizmente em péssimo estado de conservação no centro histórico. O nome de Xavantina é uma homenagem ao povo Xavante, e Nova Xavantina foi a denominação adotada depois da formação do município com a união entre Xavantina e Nova Brasília, duas cidades antes separadas pelo Rio das Mortes. Estar em Nova Xavantina me permitiu conhecer um pouco mais dos contrastes culturais do sertão do Brasil, conhecer de perto o que é feito nessa terra de recente ocupação, de contato entre brancos e índios, e que hoje é habitada por pessoas das mais diversas procedências, sotaques e fisionomias.

O 2º Encontro Contemporâneo de Artistas Visuais do Vale do Araguaia Mato Grosso é um projeto patrocinado pelo Governo do Estado do Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura, aprovado pelo Conselho de Estado de Cultura, Lei Estadual de Fomento à Cultura, e com parceria cultural da Fundação Nacional de Arte – FUNARTE e da Prefeitura de Nova Xavantina.



Laboratório de memória coletiva à beira do Rio das Mortes.

Coral de Árvores - Memórias dos rios de Mato Grosso. Intervenção na Praça Ermés de Souza, em Nova Xavantina, MT. 2009. Foto: Divino Sobral.







Rever obras dos anos 1990


Em silêncio me confesso 5. 1997. Livro, tecido, cera de abelha e parafina.


Em silêncio me confesso 4. 1997. Livro, tecido, cera de abelha e parafina.


Em silêncio me confesso 3. 1997. Livro, tecido, cera de abelha e parafina.


Em silêncio me confesso 2. 1997. Livro, tecido, chumbo, cera de abelha e parafina.


Em silêncio me confesso. 1996-1997. Livro, parafina, tinta a óleo e bordado sobre tecido.


Epístola proibida. 1999. Sabão e papel artesanais, cabelo do artista e chumbo. Coleção da Universidade Federal de Goiás.


Sem título. 1998. Sabão artesanal e espinhos de roseira.


Sem título. 1994. Tecido oxidado.


Sem título. 1997. Tripa de porco costurada.


Sem título. 1997. Algodão crú costurado sobre tecido.


Sem título. 1997. Algodão crú e pêlo pubiano costurado sobre tecido.


Sem título. 1997. Fibra de paina e pêlo de lobo costurados sobre tecido; bordado sobre tecido oxidado.


Sem título. 1997. Bordado sobre tecido oxidado.


O Tempo é água. 1993. Algodão oxidado e borracha.